Tendências fundamentais para a sobrevivência das farmácias

Elas continuaram ativas mesmo nos piores dias da pandemia, as farmácias já fazem parte do horizonte das nossas cidades. Quem está fora do setor pode imaginar que jamais faltará cliente para uma farmácia.

Mas quem faz parte sabe que os desafios diários são enormes e elas também correm o risco de desaparecerem.

Isso, pois, muitas pessoas estão comprando medicamentos pela internet e o setor das farmácias bate de frente com muitos problemas compartilhados pelo varejo.

Hoje decidi conversar sobre as tendências fundamentais para a sobrevivência de uma farmácia moderna. Espero que você fique confortável e aproveite a leitura.

Quem definiu as principais tendências para a sobrevivência das farmácias

Como sempre, todas as informações apresentadas neste artigo são pesquisadas e originadas com base em muitos estudos. É a minha promessa para os meus leitores e seguidores de que todos os conteúdos tenham embasamento teórico consistente.

Em um novo estudo com insights sobre a economia global, a Deloitte debateu tendências fundamentais para a sobrevivência das farmácias. Tendências que são compartilhadas por diversos líderes em consultoria, sobretudo quando falamos da área de consumo.

Colocar em prática esses conceitos é uma tarefa ainda mais premente, sobretudo com a crise ocasionada pela Pandemia do COVID-19.

Veja também como a crise irá influenciar outras áreas: Qual é o futuro da Moda?

Investir em conveniência

O levantamento apresentado mostra que mais de 50% dos consumidores tem preferência por comprar sem contato físico ou telefônico. Ou seja, são compras sem a participação de atendentes.

Também apontou que os pagamentos feitos com intermédio das plataformas mobile, sejam eles feitos com aplicativos de entrega, ou os sistemas de compre e retire, também se tornaram uma preferência.

E o que isso aponta? Que os clientes priorizam a conveniência acima de tudo. Preferem pagar taxas maiores na entrega, a ter que sair de casa e ir até uma farmácia, ou entrar em contato com um vendedor pessoalmente.

E as farmácias precisam entender esse novo desejo e agir com ele em vista.

Crescimento da lealdade às marcas e a comoditização dos produtos

Desde abril, os gastos dos brasileiros diminuíram mais de 40%, isso jogou uma pressão nas margens operacionais das farmácias e drogarias.

Visando conquistar o consumidor, muitas farmácias se viram incentivadas a optar por fornecedores que tenham produtos de marca própria. E isso gerou uma corrida dos produtores, pois essas soluções são mais econômicas para quem fornece e menos sujeitas à ruptura no ponto de venda.

O resultado gera é que a linha de fornecimento, como um todo, diminui seus índices de lealdade às marcas. A farmácia, com menor fluxo de caixa, compra de quem vende mais barato e o fornecedor produz, ou também compra de quem vende em menor preço.

Mas essa tendência não chega até o consumidor, que continuará querendo as suas opções já conhecidas. Alias, a Pandemia gerou um efeito inverto em muitos setores da sociedade. Diversos clientes agora confiam apenas nas suas “antigas marcas”, sobretudo para medicamentos.

Gerando uma corrente contrária. E os responsáveis por uma farmácia devem sempre olhar para o cliente, buscando as alternativas que ele deseja. Mesmo que isso implique em um maior investimento.

Sabia mais: 5 transformações das marcas para os novos tempos

Vendas digitais

Os pedidos online cresceram 130% somente em abril. Se compararmos com o primeiro quadrimestre de 2019 chegaremos ao incrível número de 68%.

O fator principal para isso você já conhece: Mobilidade reduzida.

Contudo, ainda difícil determinar se o ritmo continuará após a pandemia, ou com níveis de isolamento social significativamente mais afrouxados.

Então, a dica dos empreendedores consiste em encontrar alianças entre as lojas físicas, as farmácias em si, com suas representantes do e-commerce. Um modelo híbrido de venda, que mantenha projeções conservadoras de lucro com a operação digital, é a melhor aposta.

Transferir toda a operação para o digital seria um equívoco. Pois a competição lá segue outras regras e não tem a conexão com a Praça (dos 4 P’s). Ou seja, se você está em um bom ponto físico, use ele em favor do seu e-commerce. Mas jamais use o e-commerce para substituir a sua operação completa.

Farmácias funcionais

A necessidade de migração para o comércio eletrônico acabou por redefinir o que é uma loja física. Mesmo que parte do consumidor (e uma parte expressiva de cerca de 50%) ainda tenha desejo de fazer suas compras pessoalmente, o ponto de venda precisa sofrer transformações em layout e organização.

Há um desejo no consumidor para frequentar o ponto de venda, mas layout deverá atender à demanda de clientes do digital. Então, uma das primeiras mudanças é providenciar espaços próprios para a retirada dos produtos e medicamentos comprados pelo e-commerce.

Essa é apenas uma das mudanças, a verdade é que a proposta de integração entre os canais de vendas já presentes no varejo também vai impactar diretamente às farmácias. E isso é bom. O futuro pode trazer soluções incríveis.

Sustentabilidade

Em conjunto com o aumento dos gastos pessoais em itens de higiene, os consumidores também buscam por opções sustentáveis e orgânicas. E isso mudou todo o panorama das farmácias atuais.

É impossível dizer, por enquanto, se esse aumento foi influenciado somente pela demanda de economia. Já que muitos produtos naturais, orgânicos ou sustentáveis são até ligeiramente mais caros.

De todo modo, não podemos mais negar que essa tendência sofreu um impulsionamento enorme nos últimos meses. As pessoas estão mais preocupadas com o que consomem ou com os produtos que utilizam diariamente, como por exemplo os cremes para cuidado da pele.

Investir em opções orgânicas, naturais, veganas e sustentáveis deixou de ser um diferencial das farmácias e boutiques e passou a ser uma obrigação. Ignorar essa tendência é fechar as portas para uma parcela significativa dos seus clientes.

Leia também: 8 transformações fundamentais para os próximos meses

Consolidação das redes tradicionais

As crises mostram a solidez de uma grande marca. Apesar dos grandes desafios é em momentos turbulentos que nós podemos observar claramente como os clientes se comportam diante das novidades, e como correm para o que é familiar e seguro.

Depois das restrições impostas pela pandemia, perto de 70% dos consumidores transferiram todas as suas opções de compra para as redes tradicionais. Ou seja, a pequena farmácia ali da esquina perdeu espaço para a grande rede, mesmo que essa seja um pouco mais distante.

Além de tudo, as marcas maiores também possuem mais recursos para viabilizar uma operação digital robusta e consistente.

E sendo assim, farmácias independentes perderam participação, sobretudo aquelas concentradas em regiões centrais de grandes metrópoles.

O que exige uma total reinvenção da oferta.

Vamos conversar

Por fim, como eu sempre gosto de terminar, quero lembrar para você que isso não é um monólogo e todo este blog é na verdade um primeiro passo para que possamos conversar mais.

Adoraria saber a sua opinião sobre este e muitos outros assuntos. Afinal de contas, estamos enfrentando diversos desafios em comum e sei que você também busca compreender quais são as próximas tendências.

Sendo assim, entre em contato comigo e vamos marcar uma reunião.

Agradeço a sua leitura e até a próxima publicação.

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