Haverá um futuro, isso é certo. O que nos assusta é compreender quais serão as medidas e diferenças destes novos tempos. Mas nada de visões apocalípticas, quero conversar sobre as perspectivas de crescimento e como o varejo poderá sair desse período de tormenta.
Hoje trouxe para meus leitores ferramentas da psicoterapia para superar a crise pós-pandemia.
Muito bem, aproveite a leitura!
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Como tudo começou – as marcas antes e durante a pandemia
As semanas logo após o fechamento de shoppings e estabelecimentos não-fundamentais foi intensa dentro do setor do varejo. Lojistas, colaboradores e empreendedores consumiam notícias em um ritmo frenético na busca por descobrir o que estava acontecendo – e o que iria acontecer.
Nesse cenário de isolamento social — forma de diminuir a propagação do novo coronavírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) – as empresas de diversos segmentos adotaram medidas de contenção de danos.
- Migração para o online;
- Congelamento dos preços;
- Diminuição da publicidade.
Essas foram as três primeiras respostas, embora os efeitos de cada uma delas ainda precisasse de estudos, sobretudo a diminuição na publicidade.
Contudo, essas são soluções emergenciais para o momento atual, e quanto às estratégias para o pós-pandemia? Será possível salvar os resultados de 2020 no segundo semestre?
Encare a realidade: o primeiro passo para a pós-pandemia
Sei que serão raros os segmentos sem redução, mas ainda é cedo para falar qual será o volume dessa redução.
Vimos que na China alguns segmentos voltaram com a mesma força e vendendo até mais do que antes da pandemia, contudo, como estamos no pico ainda é cedo para projetar com segurança.
Dados mostram que o setor de vestuário, por trabalhar com base em lançamentos ao longo do ano, tem uma tendência à colar sua redução aos lançamentos. Ou seja, alguns períodos sentirão forte o impacto, enquanto outros lançamentos serão normais.
Há uma tendência de renovação nos próximos meses que acontece em velocidade menor, quando comparamos com os lançamentos feitos em 2019.
Já que as marcas estão lojas físicas fechadas, as empresas tiveram que reforçar seu e-commerce. Sempre em busca de amenizar os possíveis prejuízos. São investimentos em upgrades, focados em dois pontos:
- Navegabilidade;
- Agilidade.
Essa já é uma ótima dica para as empresas que pretendem começar um serviço de e-commerce. Faça compras como se fosse o seu cliente e busque todos os meios que pudera para melhorar a experiência de compra online
Lembre-se, para retomada dos negócios a loja deve acelerar as vendas e avaliar promoções. O importante é manter a roda girando, conseguir fluxo de caixa e viver dia a dia.
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Mostre o propósito da marca
Juntamente com o foco no e-commerce e na experiência de compra do consumidor, a outra estratégia que tem mostrado sucesso é a valorização do propósito da marca. Se antes ele já era importante, agora se tornou o ponto chave entre continuar e desaparecer.
Missão, Visão e Valores deixaram de ser frases de efeito e se tornaram mapas, guias, até mesmo luzes na escuridão – embora esse trecho possa ter ficado romântico, idealista, ele é verdadeiro.
Seus consumidores desejam mensagens positivas e empatia, eles também estão assustados. Muitas empresas estão até mesmo mudando o logo e os slogans, tudo para demonstrar aos clientes que elas estão vivas e orgânicas, que passar pelo momento difícil ao lado deles.
Marcas com propósito devem refletir os desejos e os anseios do público. Essas certamente se tornarão ainda mais relevantes nestes tempos sensíveis.
Há uma frase que diz: Quem supera uma crise ao meu lado estará comigo para sempre. Essa é uma das grandes perspectivas sociais sobre o mercado.
Aprenda com a psicologia para chegar ao pós-pandemia
Por incrível que pareça, tem todas as respostas virão do mercado de varejo. Muitas vezes grandes marcas e empreendedores de sucesso buscam informações em outros setores da sociedade, sendo a psicologia uma ótima fonte de soluções e reflexões.
O legado de Carl Young, influente psicoterapeuta, pode nos ensinar muito sobre o que fazer durante e na pós-pandemia. Vejamos algumas soluções:
Young ficou conhecido pelas suas técnicas projetivas e também pela organização dos chamados arquétipos (construções sociais do imaginário coletivo que moldam a sociedade)
Com base nesses arquétipos posso apresentar algumas posturas diante da crise.
São seis perfis divididos por cores. Com eles é possível identificar simbologias e posicionamentos que são fundamentais de acordo com cada público, vamos lá:
- Perfil vermelho; lutar e ativar: esse perfil recusa a posição de vítima e acredita que ações falam mais do que palavras. Membros desse perfil são destemidos nos comentários e no comportamento online. Eles exigem ações fortes dos líderes.
- Perfil roxo; fortalecer e liderar: esse perfil entende que a crise causa retrocessos, mas mantém a confiança de que conseguirão superar as adversidades. São os que lideram pelo exemplo e buscam oportunidades de diferença. Líderes natos, ensinam os demais a serem mais fortes.
- Perfil azul; criar estratégias e planejar. São os que buscam a cala e a lucidez, mesmo dentro de tempos incertos. Membros do perfil azul passam segurança, pois eles estão sempre focados nas informações, nos fatos e nos números. Agem com compostura, um membro do perfil azul dificilmente tomará decisões emocionais.
- Perfil marrom; perseverar e defender: São os que valorizam os ideais de família, amigos e comunidade. Membros do perfil marrom oferecem suporte e conforto. É um perfil muito voltado para as raízes, para a terra, concentrado em passar solidez.
- Perfil laranja; colaborar: os membros do perfil laranja colocam a mão na massa. Eles sempre contribuem e executam as tarefas, mesmo as mais árduas. Conhecidos pelo perfil prático. Além de tudo, são realistas e têm grande facilidade com adaptação às mudanças.
- Perfil amarelo, desvio. Esse perfil procura manter o otimismo e o alto astral, focados no lado positivo dos problemas. Membros do perfil amarelo são muitas vezes evitados, pois há neles um “avesso à realidade”, já que eles são otimistas mesmo nos tempos mais complexos. Contudo, sua animação costuma contagiar outros perfis e trazer esperança para as horas mais complexas.
Veja também: 4 estratégias que as marcas de sucesso fazem para sobreviver ao apocalipse do varejo
Em qual perfil você encaixaria a sua marca? E quais são as lições que os outros perfis podem lhe ensinar?
Quer conversar comigo sobre o futuro do varejo? Marque uma reunião comigo, ela pode ser tanto presencial, quanto por vídeo conferência.
Obrigada pela leitura e até a próxima publicação.