O Design está em alta, seja ele puro, ou na elaboração de diversas outras áreas correlatas. Por exemplo, ao arrumar os itens da sua casa para que fiquem bonitos em uma live você está usando Design. Ele pode vir vestido com uma outra roupa, usar outro nome.
Mas é design.
E pensando nisso, decidimos iniciar um projeto voltado para tirar as suas dúvidas sobre essa disciplina tão fundamental no mercado moderno. Vamos falar do guarda-chuva todo, desde UX (experiência do usuário) até a nossa seara que é o Design de Interiores, especificamente o Design de Varejo.
Então, fique confortável e vamos conversar um pouco, hoje, sobre como criar e pensar o design.
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O Design não começa no objeto, começa na mente
Essa frase está presente em um dos livros mais incríveis lançados nos últimos anos. o PhD John Whalen lançou pela editora O’Reilly o Design for How People Think. E em uma dos parágrafos iniciais ele afirma.
“A Experiência do usuário não acontece na tela, ela acontece na mente. E a experiência multidimensional e multi sensorial também.”
Então, o designer tem que começar a sua investigação para saber como desenvolver uma solução colocando-se na posição central. Assim, se pensamos na ergonomia de um escritório, é fundamental passar um bom tempo lá, sentindo cada ambiente e presenciando todas as facilidades e as dificuldades do ambiente.
Feito isso, vamos às perguntas mais recebidas.
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Como escolher a paleta de cores?
Acho que o primeiro truque para saber selecionar melhor as cores é expandir a compreensão da experiência vivida ao nos depararmos com os objetos.
Por exemplo, o senso comum dita que devemos escolher as cores com base em combinações, essa cor harmoniza com aquela. E assim estaria tudo resolvido. Há até uma certa preocupação com o significado das cores, verde representando tal elemento, o azul representando outro.
Mas representação, não é sentimento. A verdade é que a teoria das cores pode falar muito sobre um senso estético coletivo comum. Contudo, a sua experiência pessoal e subjetiva deve falar mais alto.
O que você sente quando escolhe determinada paleta de cores? Esse sentimento está alinhado com aquilo que você deseja transmitir com o design? Acredite, dá para criar ambientes aquecidos com cor azul, e ambientes frios com cor vermelha. Tudo depende da intensidade e do sentimento aplicado.
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Qual é o jeito certo de pensar na iluminação?
E já que falamos de cor, é hora de conversarmos sobre a iluminação. Um fator tão essencial para qualquer design. Já que é ela que tem poder de realçar ou esconder elementos de um objeto ou de um ambiente.
Do mesmo modo que as cores tratavam de sentimentos, a iluminação lida com intensidade. O que você quer mostrar? Quanto isso será mostrado? Qual o brilho em relação aos outros elementos presentes? Por qual razão esse ponto terá destaque?
Respondendo à essas perguntas você tem ferramentas em mãos para utilizar melhor a iluminação no seu design.
O que é um design eficiente?
Aqui eu vou ter que recorrer ao John Whalen mais uma vez: Design eficiente é aquele que transmite a mensagem. Se ao final do processo o designer responsável perceber que todos os objetivos estão postos, então esse design é eficiente.
Pois, a verdade é que um design é um diálogo entre o que eu quero dizer, e o que o público deseja ouvir. Há um alinhamento, se o meu design for pensado única e exclusivamente em uma das pontas, a outra se perde.
Um designer que vai contra as próprias convicções, no desejo de agradar um determinado público-alvo, criará projetos sem alma. Do mesmo modo, se o designer pensar apenas em si mesmo, dificilmente ele conseguirá se conectar com o outro.
Então, um design eficiente é aquele que comunica e tem público para saber o que foi comunicado.
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Como incluir o storytelling no design?
Essa seja talvez uma das respostas mais fáceis, e mais complexas. Pois, se pensarmos no assunto, o Storytelling é visto pelo senso comum como uma história, uma narrativa linear de um herói em busca de um objetivo.
Isso pode ser verdade para setores que seguem parâmetros lineares de elaboração e apreciação: cinema, vídeos para a internet, livros, músicas, podcasts, etc.O que quero dizer: quando você presencia estes meios eles têm um fim e um começo.
Já o design é a experiência multisensorial que acontece sem linearidade. Ao entrar em uma loja pode existir ali um caminho que será percorrido, mas a experiência em si acontece de diversas maneiras e intensidades para cada pessoa.
Portanto, ao pensar no Storytelling para o design, considere que precisa existir ali sim um senso de narrativa, mas que o herói desta narrativa seja o próprio usuário. Quem é o herói de uma loja é o cliente. Os heróis de um escritório são os profissionais que trabalham lá.
Pergunta para a Designer: gostou da nossa publicação?
A ideia para este artigo surgiu durante a leitura de um livro, pensando sobre as principais dificuldades dos clientes. Claro que o assunto não se encerra aqui e cada um dos tópicos mencionados têm potencial para render uma publicação própria.
De todo modo, espero que essa conversa tenha levantado bons insights.
Vamos conversar
Por fim, como eu sempre gosto de terminar, quero lembrar para você que isso não é um monólogo e todo este blog é na verdade um primeiro passo para que possamos conversar mais.
Adoraria saber a sua opinião sobre este e muitos outros assuntos. Afinal de contas, estamos enfrentando diversos desafios em comum e sei que você também busca compreender quais são as próximas tendências.
Sendo assim, entre em contato comigo e vamos marcar uma reunião.
Agradeço a sua leitura e até a próxima publicação.