Você sabia que é possível intuir como uma pessoa vai se comportar apenas avaliando o arquétipo dela? Isso também é verdade na hora de descobrirmos os hábitos de consumo dos clientes.
Arquétipos são elementos poderosos que fazem parte da nossa sociedade, mas que ficam em camadas subconscientes para grande para grande parte das pessoas. Muitas não entendem o que são os arquétipos nem o que fazer com essas informações.
Contudo, aqueles que conseguem desenvolver uma estratégia com base em arquétipos têm em suas mãos uma ferramenta poderosa de conexão, comunicação e conversão.
Hoje nós vamos falar sobre o que são arquétipos. Fique confortável e aproveite a leitura!
O que são arquétipos
Hoje há inúmeras interpretações de arquétipos, até mesmo estudiosos que criam certos arquétipos com animais. Mas, no nosso artigo nós vamos tratar dos arquétipos oficiais, descobertos por Carl Jung, psicólogo suíço.
Se eu lhe disser o nome “Madre Teresa de Calcutá” qual seria a primeira sensação na sua cabeça? Provavelmente a da bondade. Ou seja, a Madre Teresa se tornou um arquétipo dessa qualidade.
Por outro lado, se eu falar “Adolf Hitler”, qual seria a sua primeira reação? Certamente seria uma reação oposta, pois Hitler se tornou um arquétipo da maldade.
Sendo assim, arquétipos são elementos que fazem parte do imaginário coletivo, reforçados pela nossa cultura.
Jung considerou que os arquétipos são formados pela soma do reforço de muitas imagens ao longo dos séculos. Ou seja, a palavra mãe tem nela um significado de bondade e bem querer que pode ser encontrado em muitas culturas.
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Arquétipos como padrão de comportamento
Então, se arquétipos são elementos do imaginário coletivo e estão associados com a formação da nossa cultura. Podemos chegar à conclusão de que os diferentes arquétipos influenciam fortemente o nosso comportamento.
Por exemplo: você já ouviu a expressão “ver para crer”, certo? Significa alguém que só acredita em algo após ter uma comprovação. Por outro lado, saiba que o oposto “crer para ver” é ainda mais forte e presente na nossa sociedade.
Veja: imagine uma pessoa que desde criança recebe sempre a mesma frase de muitas pessoas: você tem jeito para cozinhar bem. Essa criança cresce e se desenvolve com essa premissa na sua vida. Adulta, a pessoa realmente se torna dona de um grande restaurante.
Acontece que o reforço externo fez essa pessoa incorporar o papel de grande chefe. E com o passar do tempo o que era apenas crença se tornou realidade.
Então, se os arquétipos estão presentes na vida das pessoas, mesmo que elas não saibam, eles iram influenciar as ações e até o futuro delas.
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Quais são os 12 arquétipos
Para Jung existem 12 tipos principais de arquétipos, 12 arquétipos macro, se pudermos dizer assim. Eles são predominantes no comportamento das pessoas.
Ou seja, um mesmo sujeito pode apresentar diferentes níveis em outros arquétipos, até mesmo em características arquetípicas (como a bondade), mas ele sempre terá um arquétipo como o seu principal.
E agora que fica interessante para quem deseja produzir conteúdo. Saber como se comunicar com cada um dos 12 arquétipos é imprescindível para quem deseja aumentar as conversões.
Tem mais, se você for capaz de falar somente com o arquétipo predominante no seu público, estará dando um passo enorme em direção à confiança. E hoje, no mercado moderno, confiança é a moeda mais valiosa que existe.
Inocente
O inocente é o arquétipo da esperança, acredita que todas as pessoas são boas e as coisas ruins que acontecem foram feitas sem querer. É um arquétipo associado com paz absoluta.
Explorador
O explorador odeia rotinas, é o arquétipo da curiosidade e da temeridade. Muitas vezes se coloca em risco em busca de novas experiências.
Sábio
O sábio é o arquétipo da análise, da comparação entre os fatos, das pesquisas. Algumas vezes o sábio é acusado de tomar poucas ações, pois ele contempla muito a situação.
Herói
O herói é o arquétipo da mudança, deseja transformar o mundo e assume a responsabilidade de fazê-lo. Acredita que pode vencer desafios, mesmo sozinho.
Fora da lei
O fora da lei é o arquétipo da negação. Não se conforma como as coisas são apresentadas. Rompe barreiras, quebra protocolos e algumas vezes até dá de ombros e ignora regras.
Mago
O Mago atua de maneira similar o Sábio, mas este arquétipo também faz uso de forças e elementos que ele não pode compreender. O mago sabe que o mundo é grande demais para ser assimilado em sua magnitude, por esse motivo ele aceita que certos eventos sejam puramente mágicos.
Cara comum
O cara comum não se destaca, busca pouca ou nenhuma mudança e está sempre próximo à zona de conforto. Apesar disso, sua falta de transformação também implica que ele seja um sujeito pacífico e concentrado apenas nos seus problemas.
Bobo da corte
O bobo da corte ri do mundo. Sabe que o universo é grande demais para ser compreendido, como o Mago, mas faz questão de apontar os absurdos da sociedade e fazer troça com eles.
Amante
O amante vive o presente e se doa de corpo e alma em suas ambições. É galanteador, aproveita o hoje, mais do que o amanhã. Algumas vezes pode ser até mesmo impulsivo.
Criador
O criador é conhecido por colocar a mão na massa. Está sempre em busca de novas soluções para os problemas. Quer desenvolver saídas. Em casos extremos ele é o exato oposto do sábio, pois produz primeiro e analisa depois.
Governante
O governante exige a ordem. Gosta de gerenciar, prefere estar em uma posição de comando e tem pensamento focado em processos, mais do que em resultados.
Prestativo
O prestativo é uma versão ativa do inocente. Está sempre ajudando e se esforçando pelos outros arquétipos. Não liga de trabalhar mais do que todos e está sempre em busca de uma nova tarefa para ser concluída.
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Use os arquétipos nos seus conteúdos
Agora que você já sabe o que são arquétipos, chegou a hora de utilizar eles em seus conteúdos, mas antes, faça um rápido teste.
Responda à essas perguntas:
- Qual é o seu arquétipo predominante?
- Quais são os arquétipos dos seus clientes?
- Qual é o arquétipo da sua marca?
Apenas com essas três perguntas você será capaz de avaliar diversas situações do cotidiano e até resolver problemas. Pois, veja.
Muitas vezes, um Mago pode estar tentando criar conteúdos para diversos Foras da lei, em uma marca que se apresenta como Governante. Percebeu? Jamais iria combinar.
Avaliar a combinação entre o seu arquétipo, o arquétipo dos seus clientes e o arquétipo expressado pela sua marca, é a melhor forma de garantir que todos os conteúdos estejam alinhados e perfeitos.
Vamos conversar
Por fim, como eu sempre gosto de terminar, quero lembrar para você que isso não é um monólogo e todo este blog é na verdade um primeiro passo para que possamos conversar mais.
Adoraria saber a sua opinião sobre este e muitos outros assuntos. Afinal de contas, estamos enfrentando diversos desafios em comum e sei que você também busca compreender quais são as próximas tendências.
Sendo assim, entre em contato comigo e vamos marcar uma reunião.
Agradeço a sua leitura e até a próxima publicação.