O Quiet Quitting, ou a Demissão Silenciosa como ficou conhecida no Brasil, é a uma tendência comportamental profissional presente na geração Z e Millennium. E esse comportamento estourou nas redes sociais nas últimas semanas e gerou diversos debates.
Como aqui na Romero Lab nós temos por premissa não “cair de cabeça” nas ondas, e tentar entender o contexto, antes de dar a nossa opinião. Podemos dizer que estamos chegando atrasados na rodada de bate-papo sobre esse assunto.
Mas, para fazer valer a nossa participação. Estamos trazendo dados e estudos sobre o tema, além de uma definição concreta sobre o que é, e principalmente sobre o que não é, a demissão silenciosa.
Então, vamos entender este assunto!
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O que não é o Quiet Quitting? (O que não é demissão silenciosa?)
O nome “demissão silenciosa” acabou gerando uma série de mal entendidos que vem atrapalhando a absorção da ideia por trás deste comportamento. Então, para resolver isso, aqui vai.
Quiet Quitting, não é:
- Fazer pouco para ser mandado embora logo
- Executar as tarefas de qualquer jeito
- Perder a dedicação no trabalho pouco a pouco
- Torcer para ser demitido
- Estar esperando para receber as verbas demissionais
Nenhuma dessas coisas se encaixa no conceito de demissão silenciosa, como o tema vem sendo proposto pelas pessoas que estão engajadas no assunto.
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O que é o Quiet Quitting então? (O que vem a ser a demissão silenciosa?)
Então, a demissão silenciosa trata-se da tarefa de fazer somente aquilo que foi acordado durante a contratação. Ou, em termos gerais, fazer somente o que está no seu contrato de trabalho.
E isso não significa fazer menos, nem fazer mais. Mas fazer somente o justo.
Essa é uma palavra muito importante para os adeptos do quitting: A JUSTIÇA.
Aos olhos destes profissionais, condições de trabalho tóxicas, culturas organizacionais vampíricas e atitudes rudes dos gestores estavam desequilibrando a balança do que é justo ou injusto no trabalho.
Por isso, o movimento visa recalibrar essa balança e devolver para as mãos do contratado seu senso de poder diante do mercado de trabalho.
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Por que o Quiet Quitting é típico das gerações Z, Millennium e Alpha?
Dados publicados pela HBS mostram que essas gerações estão mais sensíveis aos balanços e às oscilações do mercado de consumo. Estima-se que o poder de compra da Geração Z, por exemplo, sofra alterações na casa dos 80%, dependendo da situação do país.
Isso significa que um jovem com 20 anos, recém chegado no mercado de trabalho, pode ver seu poder de compras cair em mais de 80% se o país entrar em uma crise.
Tem mais, o comportamento padrão dos Baby Boomers diante das crises é: trabalhar mais.
Ou seja, o patrão exige que o jovem dedique-se mais, ao mesmo tempo que esse jovem sente seu dinheiro (e por consequência, seu tempo) valer menos. A resposta? Pisar no freio.
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Quiet Quitting é reflexo do choque geracional e não tem nada de errado com isso
A verdade é que essa tendência não vem para “acabar com as empresas” ou “arrancar os cabelos dos gestores”. Trata-se de um choque geracional previsto pelas grandes empresas e até fácil de ser contornado.
Cabem aos empresários e tomadores de decisões entenderem que estamos diante de uma geração que não irá ceder por menos do que o justo. Temos que ser inflexíveis diante de culturas tóxicas e garantir que nossos colaboradores possam trabalhar em horários dignos e saudáveis.
Seguindo essas premissas, é certo que a Demissão Silenciosa não seja um problema, mas torne-se uma solução. Segundo dados do mesmo HBS, empresas que investiram em estratégias sadias, como: redução da carga horária, diminuição das horas extras, etc. Tiveram um aumento de produtividade em torno dos 15% nos últimos anos.
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