Hoje eu quero falar com vocês sobre o Figital, a junção entre o físico e o digital. Presente em inúmeros mercados, o figital chega com todas as suas armas agora no varejo e vem transformando as marcas (e os consumidores).
Mais do que falar de omnichannel, o figital expande o conceito e traz novos elementos para o jogo.
Mas calma, este não será um artigo complexo. Como você sabe, eu gosto de falar sobre todos os temas, mas sempre tratando os assuntos com uma linguagem leve e descomplicada.
Então, vamos lá. Vem ver de perto o que nós podemos falar sobre o Figital. Fique confortável e aproveite a leitura.
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Mudanças no universo digital
Um dos setores que mais sofre em situações adversas é o de varejo. Isso porque, em tempos de apreensão, o consumo tende a cair. É neste momento, portanto, que buscar a ampliação dos canais de venda pode trazer boas alternativas e até surpreender os gestores do varejo.
O varejo brasileiro, que até recentemente respondia por mais de 60% do PIB, precisou se reinventar no primeiro semestre de 2020 por causa da pandemia de Covid-19. Muitos varejistas, porém, não puderam acompanhar este movimento – e isso pode acabar decretando o seu fim.
Segundo uma pesquisa do IBGE, após a perda de 19,1% no acumulado em março (-2,8%) e abril (-16,3%), as vendas no comércio cresceram cerca de 13,9% em maio. Embora o varejo de forma geral registre quedas, ele tem mostrado uma boa reação em relação às adversidades. Aliás, o varejo brasileiro está acostumado a superar crises.
Então, qual é o caminho para o varejo reagir em cenário tão adverso como o do primeiro semestre de 2020? Ele passa por uma intensa transformação digital.
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Mudanças na cultura corporativa
Nestes tempos em que surgem novas tecnologias e modelos de negócio de forma cada vez mais rápida, cada uma delas oferece benefícios ao serem adotadas.
Dificilmente as empresas conseguirão aprender e desenvolver sozinhas os recursos necessários para a transformação do negócio e ao mesmo tempo imprimir velocidade nos processos de inovação.
Desse modo, é importante que a cultura seja mais aberta, permeável e colaborativa. Ela deve envolver diversas partes que incluem fornecedores (de produtos, serviços e tecnologia), concorrentes, clientes, empresas estabelecidas e startups.
Na China, por exemplo, o crescimento foi exponencial para grupos como Alibaba e Tencent, com impacto transformador para o varejo, e-commerce e meios de pagamento.
Ele foi possível por meio de modelos de negócio caracterizados, como ecossistemas de origens distintas, mas convergentes em seu desenvolvimento.
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Tais ecossistemas conseguem ter sucesso por alguns motivos:
- uma base de clientes sólida com capacidade de captura e análise de dados;
- crescimento exponencial e diversificado;
- e plataformas de negócio abertas, com ampla possibilidade de expansão em rede, seja integrando parceiros, seja incorporando outros negócios, ativos ou até mesmo colaborando com seus competidores.
No Brasil, há um caso em que o conceito de store-within-a-store começou a ser praticado com um varejista especializado no segmento de mercadorias gerais.
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Gestão do varejo físico, online e multicanal
A complexidade dos novos caminhos do varejo, e a necessidade de trafegar por eles, para não perder vendas, traz outro desafio às empresas: a gestão.
Da infraestrutura à logística, do controle do estoque à contabilidade, contar com ferramentas que automatizam processos e aumentem a confiabilidade das transações é crucial para uma operação robusta e acende a luz verde para soluções que ajudam a vender mais e ao mesmo tempo promovam a redução de custos e do tempo utilizado na execução de tarefas críticas.
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Heatmapping
O heat map sinaliza os pontos de uma plataforma que mais chamam a atenção e atraem os usuários.
Para isso, o sistema usa uma câmera que tem a capacidade de identificar pontos de calor, ajudando a conhecer quais são as partes da loja mais visitadas e que costumam atrair mais a atenção dos clientes (quanto tempo cada pessoa passa no local e qual percurso elas mais fazem).
Essa ótima ferramenta permite conhecer melhor as preferências e os hábitos de consumo do público-alvo.
Quando usada no varejo digital, essa tecnologia ajuda a saber como os clientes se comportam durante as compras.
A partir dos dados, também fica mais fácil criar estratégias para melhorar ainda mais a experiência dos clientes, como o reposicionamento dos produtos, por exemplo.
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Benefícios do Figital
Entre as vantagens apontadas pela implementação de tecnologias, as mais frequentes são o aumento do faturamento em vendas (74%) e do engajamento do consumidor em canais digitais (62%).
Ainda que sejam significativos, o boom destes benefícios foi mais observado pelos entrevistados em 2020, quando as porcentagens atingiram 92% e 80% para cada item descrito.
As respostas acerca dos pontos positivos também envolvem a redução de custos e aumento de market share e do volume de tráfego web e mobile.
Tais benefícios direcionam para uma maior vantagem competitiva em relação à transformação digital. 57% afirmam que os investimentos contribuíram “muito” para a empresa.
Além disso, perceberam uma melhora da experiência do consumidor: 63% responderam que o indicador melhorou “muito”.
A cultura digital também está cada vez mais arraigada entre líderes e funcionários. Durante o período analisado, 85% dos varejistas têm colaboradores em estilo home office, um aumento de 23 pontos quando comparado ao ano passado.
Para os próximos 12 meses, 29% afirmaram que irão incentivar o trabalho remoto.
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As mudanças no varejo
A expressão Varejo 4.0 resume os novos hábitos de compra dos consumidores, onde online e offline se tornam dimensões complementares, delineando ainda mais caminhos de compra híbridos.
Nesse contexto, as marcas têm a oportunidade de repensar e enriquecer a experiência da loja, estabelecendo assim um relacionamento direto e pessoal com seus clientes.
Todos nós sabemos que os consumidores estão conectados 24/7. As informações são facilmente acessadas em qualquer local em vários dispositivos móveis e compartilhadas abertamente por comunidades digitais.
Há uma consciência crescente de que os dados pessoais têm um valor econômico para os varejistas, marcas e profissionais de marketing, tornando a transparência, a ética e a governança cada vez mais importantes.
Agora você já sabe como o figital é transformador para o seu varejo.
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Agradeço a leitura e até a próxima.