Design Thinking é uma abordagem colaborativa focada na empatia com os stakeholders (público de interesse na empresa) para solucionar problemas.
Quem fica no centro de desenvolvimento do produto são pessoas, de modo geral, e não apenas o consumidor final.
Diferente da matemática, por exemplo, não nos oferece mais e mais fórmulas prontas.
Exatamente por esse motivo não é uma metodologia, mas um jeito criativo e inovador de olhar para os negócios.
É uma forma de estudar as necessidades humanas para propor soluções.
Para que serve o design thinking?
Empatia
Significa se colocar no lugar do outro para entender melhor seus sentimentos, seu comportamento e seus desejos.
Com isso, é possível traduzir observações em insights que podem melhorar a vida das pessoas.
Experimentação
É importante experimentar ideias e arriscar, pois se aprende muito com o erro. Isso permite descobrir caminhos inusitados.
De acordo com Linus Pauling, ganhador do Prêmio Nobel de Química e da Paz: “Para ter uma boa ideia, você precisa ter muitas ideias”.
A tarefa é ter, colaborativamente, o maior número de ideias e, depois, prototipar as melhores.
Prototipação
Significa criar modelos do que será o serviço ou o produto, para avaliar se é viável, desejável e praticável.
Trata-se de concretizar as ideias, para que outras pessoas tenham condições de ver, criticar e contribuir.
O design thinking é centrado no ser humano, altamente colaborativo, experimental, otimista e visual.
Assim, é preciso acreditar que se pode fazer a diferença, desenvolvendo um processo intencional para chegar ao novo, impactar positivamente as pessoas e criar soluções de negócio inovadoras.
Prototipar é usar a criatividade para transformar desafios em oportunidades.
Imersão
O nome dessa fase do design thinking não é meramente sugestivo.
É aqui que você e a sua equipe vão mergulhar fundo, de cabeça, e pesquisar tudo o que impacta direta e indiretamente a sua empresa.
Ou seja, a fase de imersão é puramente de pesquisas do cenário interno e externo do negócio.
Ela é a base para as outras etapas do design thinking e deve ser dividida em duas partes:
- preliminar: dados básicos e pesquisas mais superficiais sobre o assunto preestabelecido (o objetivo/ a finalidade da aplicação dessa metodologia);
- profunda: informações aprofundadas e minuciosas sobre o problema a ser resolvido.
A finalidade dessa primeira etapa é conhecer e entender toda a situação da empresa e dos clientes atendidos por ela.
Por isso, é comum investir tempo em elaborar análise SWOT, benchmarking (pesquisa da concorrência), avaliar os feedbacks dos consumidores, estatísticas do nicho de atuação etc.
Pensa que todos os fatores que impactam a empresa devem ser analisados profundamente para se tornarem dados relevantes no momento de definir estratégias e criar o planejamento.
Quanto mais fiel for essa pesquisa, maiores serão as chances de assertividade e sucesso nos resultados.
Afinal, os próximos passos serão decididos com base nos dados levantados aqui.
Por isso, não se esqueça:
- faça o mapeamento de todos os elementos e recursos disponíveis;
- defina o objetivo e os resultados a serem alcançados;
- busque informações precisas, atuais e relevantes para o seu negócio;
- levante os dados e os resultados sobre o que já foi feito dentro da empresa.
O olhar deve ser de resolução dos problemas e dos desafios com foco no negócio e no cliente final. A qualidade importa mais do que a quantidade. Descubra o que pode ser mudado.
Ideação
Uma vez concluído o processo de imersão, você já terá identificado os pontos que precisam ser melhorados e aqueles que podem ser deixados como estão.
Então, é hora da próxima fase, comumente chamada de ideação.
Como o nome sugere, é hora de produzir ideias relevantes para realizar as melhorias necessárias.
Nesse ponto, é fundamental trazer insights obtidos com a utilização de técnicas de big data, que aumentam as chances de eficiência do processo.
Aí, é só reunir as equipes envolvidas e adotar técnicas como o brainstorming, que incentiva e valoriza o compartilhamento de muitas ideias.
Prototipagem
Depois de coletar uma boa quantidade de ideias e soluções criativas, é momento de fazer uma seleção um pouco mais rigorosa e escolher as alternativas com maiores chances de sucesso.
É interessante que a escolha seja feita em grupo.
No caso de produtos, esse é o momento de investir em protótipos em uma versão beta.
Para os serviços, vale desenvolver representações gráficas simulando as ações sugeridas como solução.
Mentalidade ágil e liderança
Incorporar a mentalidade ágil às habilidades esperadas dos atuais e futuros líderes das organizações será fundamental nos próximos anos se queremos nos manter competitivos.
Precisamos da atitude correta dos nossos líderes para que sejamos capazes de criar uma cultura onde arriscar-se no lançamento frequente de novos produtos e serviços, e nos permitirmos errar, será parte fundamental do negócio.
Ganho de velocidade e envolver o cliente o mais cedo possível no processo de criação será fundamental.
Alguns pontos relevantes na atitude ágil são:
- Equipes trabalhando em paralelo. Equipes pequenas onde todos trabalham;
- Antes feito do que perfeito;
- Ter sempre algo tangível para apresentar e demonstrar evolução;
- Ter o direito e o dever de decidir;
- Ao final de cada sessão de trabalho da equipe (“sprint”) há sempre algo a apresentar;
- Não há desculpas. Apresenta-se o que foi feito.
Análise e pesquisa
A primeira etapa do processo de design thinking é observar objetivamente e sem julgamento.
Colete feedback de seus funcionários, compartilhe pesquisas, realize entrevistas e planeje sessões de observação.
Sintonize seu senso de empatia para ver os processos de RH a partir de outras perspectivas.
Isso é essencial para coletar insights de diferentes áreas e elaborar um plano de ação de design thinking efetivo e alinhado com a situação atual da empresa.
Esta etapa visa ter uma imagem clara de quem são seus colaboradores, os desafios que eles enfrentam diariamente e quais necessidades e expectativas precisam ser atendidas com urgência.
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